Hoje, o conceito de internacionalização de startups está intimamente ligado ao termo “Born Global”, ou seja, “Nascer Global”. Isso porque, quanto antes a empresa inicia o processo de inserção de sua solução em outros países, menores são os obstáculos encontrados no mercado de destino.
Segundo Wellington Galassi, Economista, Membro do Comitê de Internacionalização da Abstartups, Country Manager e Head de Internacionalização na Mango Ventures Brazil e mentor do StartOut Brasil, falar sobre este assunto deixou de ser um mero clichê, tornando-se uma necessidade real para a sobrevivência de qualquer startup interessada em escalar.
“Em um mundo tão competitivo e altamente globalizado, sobrevive aquele que está mais preparado e que entende que a prototipação de seu produto, seja ele tangível ou intangível, passa pelo viés e o crivo de oferecer algo que venha ao encontro da demanda do consumidor 4.0. Os empreendedores que identificam durante o seu business plan que podem oferecer sua solução para outros mercados se tornam mais competitivos, tanto no cenário nacional, quanto no internacional”, afirma Galassi.
Por esse motivo, o executivo acredita que ter a globalização na essência da empresa desde a modelagem inicial do negócio talvez seja a maneira mais adequada de enfrentar os desafios da economia global. Até porque, com o mundo cada vez mais conectado tanto no que se refere as tecnologias, quanto às estratégias e acordos bilaterais e multilaterais de governos e blocos econômicos, as barreiras de entrada (econômicas, jurídicas e regulatórias) para negócios externos estão sendo quebradas.
“Como economista e um estudioso do tema ‘competitividade global’, sempre acreditei que as barreiras eram o fator determinante para proteger e auxiliar as empresas representantes de diferentes setores da economia a se tornarem mais competitivas frente as investidas de novos entrantes estrangeiros. Contudo, quando analisamos o mundo na atual conjuntura, vemos que os governos estão criando acordos que os colocam sob um mesmo guarda-chuva regulatório, beneficiando os empreendedores dos países membros”, comenta Galassi.
Um exemplo disso é o StartOut Brasil, programa de internacionalização de startups promovido pelo Governo Federal brasileiro. Para o mentor, a iniciativa é de extrema importância para fomentar e incentivar o ecossistema empreendedor, além de impulsionar a economia local.
“Entendo que programas como o StartOut Brasil atuam como elo propulsor da cadeia, preparando startups brasileiras para atuarem de forma global. Ele vem se mostrando extremamente assertivo em termos de políticas públicas e minimizando os riscos de eventual insucesso, visto que oferece a oportunidade de conexão e acesso a uma rede de executivos qualificados”, finaliza o mentor.