A Sizebay é uma startup que desenvolve algoritmos de dedução de medidas corporais a partir de dados simples (peso, idade, altura e formato do corpo), compara com as medidas de roupas e calçados disponíveis no e-commerce e apresenta uma recomendação de tamanho ideal para cada consumidor.
A solução começou a ser modelada em 2014. Em junho de 2015, foi lançada a primeira versão do produto para testar o mercado e assim verificar sua viabilidade. O ano de 2016 foi dedicado a validar solução, elaborar o modelo de negócio e iniciar as primeiras vendas.
Dois anos depois, a startup decidiu se inscrever no StartOut Brasil ciclo Lisboa para iniciar o processo de internacionalização. “Participamos em novembro de 2018 do programa, por meio do qual tivemos a oportunidade de conhecer potenciais clientes e investidores. Isso resultou no fechamento de algumas vendas e também no investimento do fundo português, o Core Angels Atlantic, para nosso projeto de internacionalização”, afirma Marcelo Bastos, COO da Sizebay.
Assim, a startup começou seu planejamento da internacionalização, com um conjunto de ações que são feitas no processo de ingresso no exterior que permitem que a empresa reduza os riscos, evitando imprevistos, e acelere seus ganhos.
Agora, já com operação no exterior, a Sizebay abrirá um escritório com equipe própria em Portugal. Isso possibilitará que, de fato, a empresa atenda e seja reconhecida como uma oferta que de fato atende o mercado externo. A expectativa é que a startup cresça rapidamente em faturamento.
“Um ponto muito importante para qualquer startup é procurar ter condições de investir no processo de internacionalização sem comprometer a operação e crescimento no Brasil. Em nosso caso, o investimento está sendo para área comercial e instalações apenas. Nossa tecnologia está pronta e é 100% compatível com outros mercados”, comenta Bastos.
Passo a passo para iniciar o processo de Softlanding
De acordo com o empreendedor, é importante considerar os processos de softlanding ainda nas incubadoras, pois lá recebe-se conselhos e direcionamentos que incentivam o planejamento para internacionalização. Elas propiciam um ambiente mais seguro de crescimento e instruem sobre práticas corretas para este processo.
Quando esta etapa for concluída, Bastos aconselha que os interessados em internacionalização saiam de casa. “Viajar e conhecer outros mercados e outras culturas ajudam a entender, respeitar e se adaptar a novos lugares. O Brasil tem um mercado muito grande e nossa cultura não nos mostra que devemos abrir nossas mentes para outros ecossistemas”, ressalta o empreendedor.
Agora, na hora de se estabelecer em outro país, um ponto deve ser observado: o escritório deve ser construído em um local propício para o desenvolvimento de relações interpessoais e comerciais com facilidade de acesso aos grupos de interesse. Depois de concluídos todos esses itens, sua empresa poderá ser considerada como internacionalizada.