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Inovação no mercado imobiliário: entenda como os prédios podem ser inteligentes

Poucas coisas são tão incertas quanto o mercado imobiliário e as demandas dos compradores. “As necessidades de moradia do público são muito diversas. Dependendo do seu momento de vida, condições financeiras e até tendências de mercado, as pessoas costumam mudar sua procura por espaço continuamente”, diz Saulo Suassuna, CEO e fundador da Molegolar. 

Nascido e criado em obra, o profissional sempre teve em mente a necessidade de aumentar a eficiência nos projetos de novos empreendimentos imobiliários. Pensando em uma forma criativa de otimizar as construções, criou a Molegolar. 

A startup possibilita a formação de plantas arquitetônicas que se adaptam às necessidades dos usuários pela combinação de módulos para várias metragens. Dessa forma, o mesmo edifício permite que suas plantas sejam flexíveis, podendo ser ampliadas ou reduzidas a qualquer momento. 

“Não faz sentido ficar refém de um determinado tipo de produto, quando podemos oferecer várias portas de saída e atender o mercado da forma que ele se comporta em qualquer momento”, explica. Seu primeiro empreendimento ainda enfrentou dúvidas de seus sócios, mas a ideia se comprovou com o resultado das vendas: somente 15% foi vendido com a planta original e 85% das unidades foram fruto das combinações Molegolar. 

“Onde tem construção, tem onde trabalhar”

O conceito de prédios inteligentes utilizado por Saulo não é o mesmo dos apartamentos que usam automações para conectar aparelhos eletrônicos e controlá-los por smartphone. Na verdade, é a inteligência no sentido arquitetônico. “Quando se faz a compra de dois apartamentos comuns, o resultado não é compatível com a área, em termos de disposição dos cômodos. Falamos que fica um ‘Frankenstein’. Além disso, a revenda é mais complicada dessa forma”, explica o profissional. Ao contrário, suas plantas já são concebidas para possibilitar esse tipo de alteração. 

A Molegolar é uma das startups graduadas do StartOut Brasil e  participou dos ciclos Lisboa, Miami, Toronto, Paris, Shangai e Bogotá-Medellin. Sua equipe concentra esforços para aumentar sua atuação internacional que, atualmente, já chega a 24 países, de quatro continentes. 

“Depois que criamos a empresa, não teve mais viagem que não fosse de negócios. Até mesmo quando estou de férias eu aproveito para identificar alguma chance de ter uma reunião. As oportunidades são muitas nesse nicho. Onde tem construção, tem onde trabalhar”, conta Saulo. Sua solução também serve para prédios já construídos, no caso, para sugerir adaptações inteligentes à planta original. Segundo ele, os países que têm atividade imobiliária maior são onde que ele encontra mais demanda, como Estados Unidos, China e Emirados Árabes.

Como envolvem mais recursos tecnológicos, os prédios inteligentes têm um valor de construção um pouco mais alto. No entanto, o empresário afirma que esse custo se compensa: “aumentando a eficiência, tirando áreas ociosas, que estavam sendo desperdiçadas nos projetos tradicionais, o resultado final paga o investimento inicial com sobra”, finaliza. 

 

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