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Entenda a importância de uma startup nascer global

A internacionalização de startups brasileiras ainda não é uma prática comum. Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2018/2019, considerando como internacionais as empresas com 25% ou mais de suas vendas exportadas, o Brasil é um dos países menos internacionalizados do mundo.

Para transformar esse cenário, as startups devem nascer pensando em ir além de barreiras geográficas. Empresas que são criadas já de olho no mercado global são mais competitivas e têm muito mais facilidade para iniciar o processo de internacionalização do que uma startup já madura, que está crescendo em seu ramo de atuação, mas que não tem a globalização como objetivo.

Além disso, tendo essa meta instituída desde o início, as empresas diminuem o risco de perderem espaço para outros negócios já inseridos no local de destino e têm maior acesso a investidores e mercados dinâmicos. Contudo, mesmo com essas facilidades, elas podem encontrar alguns desafios no processo.

A língua, cultura, leis, tributações e até mesmo a distância física podem ser obstáculos para levar o seu negócio a outro patamar. Se o produto estiver voltado para o público brasileiro, também pode ter complicações para adaptá-lo ao mercado exterior.

Agora, caso a empresa já esteja estabelecida no Brasil e queira enfrentar novos desafios, nunca é tarde para iniciar o processo de internacionalização. Para ajudá-las, foi criado o StartOut Brasil em 2017. O programa de apoio à inserção de startups brasileiras nos mais promissores ecossistemas de inovação do mundo promove quatro ciclos ao ano para que até 20 startups façam uma imersão em um hub de empreendedorismo.

Essas empresas recebem treinamento de pitch internacional; se conectam com clientes, parceiros e investidores; visitam ambientes de inovação; participam de workshops com prestadores de serviços; e realizam reuniões com potenciais parceiros de negócios.

Nesses três anos de programa, o StartOut Brasil já realizou 91 atendimentos e contribuiu com a internacionalização de 46 soluções, que incluem realização de vendas, parcerias, provas de conceito (POC), acordos de distribuição, exportação (produtos e serviços), abertura de unidade no exterior, desenvolvimento de uma área internacional, definição da estratégia internacional e adaptação do produto para o mercado global.

Uma das empresas que se beneficiou com o programa foi a Plataforma Verde, que participou do ciclo Santiago em março de 2019 e agora está em negociação com diversas empresas que conheceu durante a imersão para expandir sua operação para o Chile.

Assim como ela, a Verde Ghaia considera que o StartOut abriu as portas para que ela iniciasse seu processo de internacionalização. De acordo Deivison Pedroza, fundador da startup, o apoio do governo fez com que a empresa chegasse nos parceiros certos. Hoje, o Grupo Verde Ghaia está presente em todo o Brasil e também na América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai), África (Moçambique) e Europa (Portugal).

Nestes dois casos, a internacionalização foi um grande desafio que precisou de muito planejamento, estudo e cuidados, mas com o StartOut Brasil, esse processo ficou muito mais fácil.

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