Muitos motivos podem incentivar startups a buscarem internacionalização. Seja para mapear possíveis clientes e parceiros, atrair investimento, estabelecer uma operação no exterior, encontrar um distribuidor da solução, conhecer desenvolvedores de tecnologia ou por qualquer outra razão, 865 startups brasileiras se inscreveram para, ao menos, um dos oito ciclos realizados pelo StartOut Brasil.
Os destinos mais procurados por essas empresas, foram:
- Portugal (Lisboa) – 191 startups inscritas
- Estados Unidos (Miami) e Canadá (Toronto) – 115 startups inscritas
- Alemanha (Berlim) – 109 startups inscritas
- Chile (Santiago) – 108 startups inscritas
- Estados Unidos (Boston) – 93 startups inscritas
- França (Paris) – 77 startups inscritas
- China (Xangai) – 57 startups inscritas
Os motivos para esses resultados vão desde a facilidade da língua ou do investimento governamental em determinado segmento (fintechs, por exemplo), até a distância entre o país do Brasil. Abaixo listamos o que cada uma destas regiões tem a oferecer:
Lisboa
O governo português tem incentivado ideias inovadoras, principalmente ligadas à tecnologia. Com isso, associado aos custos mais baixos do que os vizinhos, além de uma alta qualidade de vida, Portugal passou a ser reconhecido como o país europeu das startups e se tornar o país procurado por para empreendedores que desejam se internacionalizar. Em Lisboa, já são encontradas cerca de 300 startups, 15 incubadoras, 20 programas de aceleração e uma grande comunidade de investidores anjos e de venture capital.
Miami
A cidade vem se destacando no cenário empreendedor norte-americano e se preocupando em criar um ambiente propício para o estabelecimento de startups de fora do país. A região com localização estratégica possui uma das menores incidências tributárias dos EUA. Contando com mais de 1200 startups instaladas e o maior número de bancos internacionais do país, anualmente Miami sedia mais de três mil eventos relacionados com empreendedorismo.
Toronto
A maior cidade do Canadá possui um ambiente versátil, preparado e acessível. Com estrutura financeira equivalente à brasileira, o mercado se concentra em poucos grandes players e estrutura regulatória primordialmente federal. O polo canadense de empreendedorismo é focado nas áreas de desenvolvimento de softwares corporativos, robótica, aplicativos móveis, mídias digitais e sociais, entre outras.
Berlim
Um dos 12 hubs digitais na Alemanha, Berlim incentiva a convivência entre empreendedores e grandes empresas. Atualmente, a cidade tem um alto número de startups estrangeiras, ficando atrás apenas do Vale do Silício. Por esse motivo, o local é considerado um dos mais inclusivos e diversificados ecossistemas do mundo. A região investe, prioritariamente, em fintechs, empresas que utilizam IoT (internet das coisas) ou que atuem no modelo de Indústria 4.0.
Santiago
O Chile é conhecido internacionalmente como o país com a economia mais sólida do seu continente. Próximo à capital Santiago, estão as indústrias dos segmentos alimentício, têxtil, metalúrgico, siderúrgico, mecânico, maquinário e de mineração, que garantem alto nível de produtividade para a região. Para os próximos anos, a expectativa é que o local passe a ter energias renováveis como um dos pilares da sua economia.
Boston
Lar de instituições como MIT e Harvard, a cidade americana concentra mais de 50 aceleradoras e incubadoras. Por conta disso, conta com startups especializadas, principalmente em tecnologia limpa, biotecnologia e robótica. A metrópole também oferece bolsas de pesquisa para tecnólogos e empréstimos e incentivos fiscais a empreendedores.
Paris
Sede do maior campus de startups do mundo, Station F, a cidade vem recebendo um aumento de benefícios fiscais, subsídios e empréstimos para a comunidade tecnológica. Além disso, eventos como a VivaTechnology, e programas como o French Tech Ticket, entre outros incentivos, conferem à capital da França o título de um dos principais ecossistemas de inovação da Europa. Atualmente a localidade visa incentivar a criação de startups por empreendedores de outros países, mulheres e pessoas de origens desfavorecidas.
Xangai
A oitava região mais inovadora do mundo é composta por grandes empresas, algumas das melhores universidades do país, aceleradoras, incubadoras e pela maior Bolsa de Valores do país, a Shanghai Stock Exchange. Como conta com um forte apoio do governo para a criação de novas tecnologias, Xangai é a capital financeira e o berço das fintechs da China. Hoje, a região conta com mais de 2,5 mil startups.