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Como enfrentar os desafios da internacionalização?

Para muitas pessoas, o termo internacionalização se refere apenas o ato de exportar uma solução. Esse pensamento acaba prejudicando o negócio de muitos empreendedores, que deixam para começar a pensar neste processo apenas quando a startup já está madura.

“Quando o empreendedor se utiliza do termo internacionalização apenas por este ponto de vista, ele perde muitas oportunidades de negócios, pois acaba limitando o tamanho do seu mercado de atuação e impedindo que a empresa ganhe escala”, afirma o mentor do StartOut Brasil Wellington Galassi, Country Manager e Head de Internacionalização na Mango Ventures Brazil.

De acordo com Fabio D´Novaes, também mentor do StartOut Brasil e sócio da Born Global Partner, existe um arsenal infindável de estratégias de negócios internacionais, que vai de exportação direta e indireta, passando por projetos TournKey, Joint Venture, M&A e os famosos IPO´s.

Por esse motivo, os especialistas recomendam que as startups já nasçam com o conceito de internacionalização enraizado em sua essência. Esse termo, batizado de “Born Global”, designa a estratégia da condução do negócio como um todo, seja na fase efetiva da exportação do produto ou serviço, ou na gestão internacional criada para tornar a empresa mais competitiva no mercado nacional e mundial.

“Criar uma cultura ‘Born Global’ significa, em termos práticos, aplicar uma estratégia ativa de envolvimento com novos mercados, criando um ambiente de captura de oportunidades. O Brasil não é para amadores e o mundo não perdoa os aventureiros, portanto é mandatório que empreendedores encarem os negócios internacionais com disciplina e foco para que, de fato, tenhamos mais empresas com relevância global”, destaca D’Novaes.

Mas é fato que, mesmo tendo esse conceito intrínseco na startup, ela vai encontrar barreiras na hora de se internacionalizar. Estes obstáculos diferem dependendo do ramo de atuação ou do país de destino, mas de modo geral, envolve tudo o que impede a elaboração e execução dessa estratégia.

“As barreiras mais comuns passam pela ausência de monitoramento ativo dos mercados externo, planejamento de longo prazo, métrica de desempenho e crescimento claro, além da falta de conhecimento em negócios internacionais e desconhecimento de aspectos culturais e econômicos do mercado de destino”, comenta o sócio da Born Global Partner.

Além disso, para ajudar as startups brasileiras a superarem as dificuldades que surgem ao longo do percurso de internacionalização, existe o programa StartOut Brasil. Definido por Galassi como “elo propulsor da cadeia empreendedora”, o programa incentiva e prepara as inovadoras empresas tecnológicas para atuarem de forma global.

“Na minha visão, que atuo já há mais de 10 anos com projetos de internacionalização, o StartOut Brasil tem impactado positivamente o crescimento da economia do país e incentivado o Brasil a ser mais competitivo a nível global. O programa mostra-se, em termos de políticas públicas, algo extremamente assertivo”, afirma Galassi.

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