Com o intuito de mudar o mundo criando soluções que não desperdiçam nada, em 2014 Guilhermo Queiroz fundou a Biosolvit, uma empresa que reaproveita resíduos para a produção de novos materiais. O sonho nasceu em 2012, quando o CEO da startup fez uma viagem com sua esposa para Santa Catarina.
“Naquela época eu queria montar uma empresa de produção de palmito em conserva, então viajei com a minha esposa para Santa Catarina para entender o cenário de produção do alimento. Foi aí que descobri que existia um grande desperdício nas lavouras de palmito e que não fazia sentido montar uma empresa que fosse competir em um ambiente altamente povoado de outros concorrentes. Assim nasceu o conceito da Biosolvit, que posteriormente viria a se transformar efetivamente em um negócio de reaproveitamento dos resíduos da lavoura de palmito”, relembra Queiroz.
Atuando como um hub de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias a partir de fontes renováveis, a startup se divide em duas frentes: uma para a preservação da flora (Biogreen Tecnologia Verde), que conta com vasos de plantas ecológicos, substrato e adubos orgânicos, e outra para a preservação das águas (Bioblue Soluções On e Offshore), que transforma resíduos no absorvedor de petróleo natural, carro chefe da empresa.
O fundador conta que seu principal produto vem sendo amplamente reconhecido pelo mercado como uma inovação bastante consistente e foi considerado o mais eficiente do mundo, segundo testes do Instituto Cedri, na França. “A Biosolvit participou do StartOut Brasil em duas oportunidades: no mercado francês, em dezembro de 2017, e no mercado português, em novembro de 2018. As duas missões foram maravilhosas para nós. O mercado francês abriu a oportunidade de conversarmos com a Total, uma das maiores empresas multinacionais de petróleo e gás, que encomendou esses testes no Instituto Cedri”, complementa.
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Recentemente a empresa passou por um round de investimento com um investidor anjo de Santa Catarina, onde a maior parte do palmito produzido no Brasil é cultivada. Desse vínculo, surgiu a ideia de levar a fábrica da Biosolvit para perto de sua matéria prima, no município catarinense de Porto Belo.
“O investidor passou a ser nosso sócio e nos cedeu o terreno fabril, um galpão industrial que está terminando de ser construído, entre outros investimentos que foram incorporados ao capital da empresa. No futuro pretendemos expandir ainda mais os nossos negócios para ganhar mercado, fazer com que nossos produtos se tornem conhecidos e atingir o patamar que sempre sonhamos em vendas e entregas”, comenta Queiroz.
Com mais de 50 clientes, a empresa agora está em tratativa com grandes petrolíferas do mundo para que elas adotem a tecnologia como solução prioritária para remediação de acidentes com derramamento de petróleo ou derivados.
Assista o pitch da startup na banca do InovAtiva Brasil.